O gosto do beijo no rosto, o leve toque no pescoço
Suor do calor, a temperatura do abraço com fervor
Respiração ofegante, quebrando o silêncio de antes
Na janela alheia o tudo, da rotina de todo mundo
De um jeito diferente, espreitando a vida a frente
Na ponta dos pés tentando voar, sem sair do lugar
Um abraço apertado, um beijo que não foi roubado
Na sacada ainda lembro, aquela quarta de Novembro
Bem guardado, levo algo nunca falado
Carrego aqui no peito este sutil fardo
Escrito nas entre-linhas do pensamento
Momentos juntos das noites ao relento
No passado da vida, deixo meus passos
Teu brilho nos olhos, apagado num abraço
Fico perdido na tua ausência e presença
Me encontro na lembrança e na esperança
Nestes versos, o maior de todos segredos
Escondido em cada toque dos meus dedos